12 de setembro de 2007

Protestar contra quem?

Como é de praxe, todos os dias que entro no meu horário de almoço, saio um pouco da realidade da empresa, mesmo estando ainda lá, e entro na viajante web e seus convites às relações. isso tudo só pra dizer que entrei no site de relacionamentos, Orkut, onde tenho um perfil. Uma conhecida tinha deixado um scrapt (recado), que era na verdade um convite à participar de um manifesto anti-pirataria que ia acontecer aqui no centro da cidade. Me segurei, pois não tenho costume de usar muito esses scrapts como comunicação mas... Agreguei forças e resolvi responder o convite. Segue abaixo a minha resposta:

Adriana, sobre o protesto...

É importante saber até onde a pirataria faz mal a sociedade. Não sou pirateiro, mas sei de muitos músicos, dançarinos, produtores/produtoras, artistas populares (em geral) que crescem e trabalham com a reprodução sem vínculos com uma gravadora. Por isso entendo e desta forma tento agregar, falando que o mais importante que protestar sobre algo colocado como errado, pelo simples fato de não ser aceito pelas já conhecidas "empresas de direitos autorais", ou gravadoras (diga-se de passagem, exploradoras), é protestar sabendo que essas leis não são espelhos da nossa sociedade e da nossa cultura, mas sim, modelos de outros países. O que coloco nesse espaço não é politicagem, nem apelo para que várias pessoas leiam oq coloquei aqui... É apenas uma opinião fundada com embasamentos tirados do nosso dia-a-dia e da percepção que esse processo de "liberdade autoral" é uma evolução do ponto de vista cultural.Ok?

Obrigado pelo convite!
Abs...

Na verdade amigos, não sou a favor da pirataria, mas nem tão pouco das gravadoras, e usei o sentido lógico da coisa: se eu for me manifestar contra o pirata, estarei a favor das empresas de direitos roubados. Importante salientar que a escravidão acabou, e o processo que existe hoje em dowloads, trata-se de um caminho sem volta. Evolutivo. Completo. Não se preocupem mais com isso, as gravadoras que vão ter que "rebolar" para conquistar seu público. Como já estão fazendo, disponibilizando mais detalhes nas fichas técnicas nos encartes de cds e dvd´s, ou até mesmo lançando novos produtos como o CD/DVD, juntos em um mesmo produto (algo que lembra o velho bolachão, Lado A/Lado B).

Nosso foco é outro... Temos que cuidar para nossos manifestos de cobrança à mais incentivos às culturas sejam ouvidos, e não alimentar o bucho da velha máquina de monopólio musical.

Agora, vamos pensar nas emissoras de TV quando a TV Digital chegar!