10 de maio de 2007

Jackson Soul Rock Xote Baião Forró Jazz Brasileiro do Pandeiro


José Gomes Filho, 31/08/19, Alagoa Grande, Paraíba, família de artistas populares, apelido veio de uma semelhança com um artista de filmes de western dos anos 30 (Jack Perry). Jackson do Pandeiro ganhou o Brasil depois que foi ao Rio conhecer os jornalistas que falavam bem do seu trabalho no norte/nordeste, na época onde o comércio musical não era tão avassalador e injusto para artistas (falando em artista que faz arte). Aprendeu a escrever seu nome com sua primeira esposa que conheceu em Pernambuco no inicio dos anos 50, quando seu trabalho começou a aparecer para o País. "É uma pena, hoje em dia, ele não ter sua obra reconhecida como Luís Gonzaga", disse Alceu Valença, afirmando ainda que "Jackson era menos articulado, ingênuo... Não soube fazer os contatos que o mestre Lua fez."


Se para bom entendedor meias palavras bastam, para bons musicos José Gomes Filho basta para se entender de ritmo e MPB, como MPB deve ser vista. Por ter tocado em cabarés, ele conheceu o Jazz e não "abriu" nem para João Gilberto e sua Bossa Nova elitizada (quase americana), segundo Zé Ramalho: "Tinha uma grande voz, era uma espécie de João Gilberto do forró".

Um paraibano que ia do forró ao samba, fazia frevos, marchinhas, fazendo de sua voz um veiculo que transbordava cultura musical experimental nordestina, rica, única e sempre inovadora. Esse foi o maior influenciador de uma geração que ouvimos hoje como "Verdadeira MPB Contemporânea".

Tom Zé: "Temos hoje essa malandragem rítmica porque ouvimos muito Jackson quando éramos crianças"

Chico César: "Reinventou o samba e o coco. Eu, João Bosco e Lenine somos herdeiros dele"
Elba Ramalho: "Na minha opinião existem duas escolas de canto no Brasil: a de João Gilberto e a de Jackson do Pandeiro"

João Bosco: "Gravei uma música em homenagem a ele - Batiumbalaio - Rockson do Pandeiro. Coloquei Rockson porque achava que o som dele tinha muito de rock-and-roll"

Gilberto Gil: "Foi o primeiro grande codificador, o homem que trouxe os elementos da música nordestina para a música popular, para o disco, para o rádio, para os palcos das praças do Brasil"

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